quarta-feira, 6 de outubro de 2010



A amizade é uma ligação que existe até ser posta à prova e quase sempre não resiste.
Parece que é dos amigos que sempre se exige perfeição. Amigo é quem não pode errar...

A amizade alimenta-se da junção de quatro circunstâncias:
1) Afinidade;
2) Interesse comum;
3) Expectativa ou esperança comum;
4) Razões inconscientes(necessidades psicológicas).

O homem precisa da amizade mas nem sempre sabe conduzi-la ou o que fazer com ela.Observo ao longo dos anos, vendo amizades murcharem, como é complicado a junção ou coincidência dos quatro pontos acima citados e abaixo desenvolvidos.

A afinidade é a adivinhação espontânea e simpática da maneira de ser do próximo. É uma espécie de adiantamento de salário afetivo, percebido numa fagulha de iluminação. É indispensável para o estabelecimento da amizade.

A palavra interesse é tida como maldita, porém não pode faltar quando se trata de amizade. É raro interesses opostos determinarem amizade. E interesse os há de toda espécie, dos nobres aos vis. Interesse comum é fundamental para o cimento, o focamento e o fermento da amizade.

A expectativa ou esperança comum é o outro ponto. Quem espera resultados idênticos; quem vive com outrem a esperança de um mesmo ideal ou desfecho semelhante, seja de amores, negócios, ideais ou propostas políticas, artísticas ou culturais(tanto faz); quem participa de movimentos afins; quem milita em organizações destinadas a salvar os homens ou os países, vive a possibilidade maior da amizade enquanto dura a esperança ou expectativas comuns.

Razões inconscientes ou necessidades psicológicas atendidas intuitivamente pela outra parte são determinantes profundas da amizade. Buscar no amigo a complementação das próprias partes fracas ou mal desenvolvidas (ainda que como tal desconhecidas) é afã de todos nós.

Tais razões e necessidades são sempre de difícil delimitação, pois envolvem as fantasias mais obscuras de nossa mente. Mas selam amizades.


Bastam que uma dessas duas categorias azedem ou infeccionem para que mude a circunstância determinante da amizade. Esta pode até durar em nome da recordação do que foi, mas, mesmo dizendo-se, considerando-se e sendo amigas, as pessoas nunca mais exercerão a amizade de modo igual.

Haverá um sentimento, a recordação prazenteira, o reconhecimento das virtudes do outro, mas tudo eco, tudo passado, embora verdadeiro.
A amizade será boa saudade e não um sadio exercício.
E sem exercício, a amizade é retrato de época e não uma prática afetiva.

AMIGO NÃO É QUEM FOI AMIGO. AMIGO É QUEM ESTÁ SENDO AMIGO.

" Ama o amigo... E na angústia se faz um irmão." Provérbios de Salomão

O sacrifício de uns... Gera o descanço de outros. (Paraty, Fevereiro de 2010.)

Felicidade Conjugal


O homem trai por impulsos sexuais, e a mulher por romantismo.


Casamentos que não se casam, só descasam.
Viuvez ou divórcios psicológicos... Não merecem a insistência da conjugalidade,
não dá pra manter casado quem nunca se casou, quem nunca se casou só dá pra divorciar.

Divórcio só separa quem já esta separado ou quem nunca se casou,
ou separa aqueles em que um apenas ficou casado
e o outro se descasou por alguma razão que o faça dizer
um dia gostei dela mas de fato amor não existiu,
mas o que existiu foi uma atração pelo momento estético-histórico dela,
mas ele nem nunca soube o que era amar.

Eu continuo acreditando que o verdadeiro amor jamais acaba.

Ele muda, ele se transmuta, ele vai ganhando adaptações, formas, fisionomias...
Mas ele se rearranja, se reencontra, ele se torna adequado a cada estação da existência.



No entanto gente boa de Deus, tem marido e esposa
pedindo a morte do conjuge de forma poética,
contratando Deus para para esquartejar seu companheiro
ou companheira de forma santa e levar para a glória;
tentando adaptar Deus ao papel do Macarrão ou do Bola na síndrome do goleiro Bruno



Mesmo que eu defenda a idéia de que certas circunstâncias "impermeabilizam vínculos"
mas também sabemos que dois não andarão juntos se não houverem acordo entre eles,
não dá prazer na amizade da vida quando não há acordo entre amigos...
Porque haveria no casamento?



Pensamos que Deus prefere a gente se odiando,
se mordendo e se detestando e se matando diariamente...
Mas casado até a morte.

Indissolubilidade Papal... Se a Igreja Católica quiser acabar com esta lei, basta casar o Papa,
que ele instituirá o divórcio rapidinho, rsrs.
Um cancerzinho ameno maltrata menos do certos casamentos...



Arnaldo Jabour diria: Meu companheiro... Você sabe da última?
Miguelzinho morreu!! É verdade!!!
Quem diria; mas o detalhe não esta nem na morte em si, mas na carta que ele deixou.

"Estou me matando pois não amo mais minha esposa,
e porque também jurei estar junto dela até que a mortte nos separe...
Como não tenho coragem de matar a ela, estou me matando
pois não aguento mais aquela ordinária (ou no caso da mulher... Aquele salafrário).



Gente boa de Deus... No relacionamento conjugal, Deus vai em busca de nossa felicidade,
e não em direção a uma infelicidade que esquareteja o outro na mente e joga pros Pitbulls comerem fazendo-nos cometer assim um assassinato psicológico.
É possível ser feliz no casamento... É preciso tentar de novo.